quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Batman - Arkhan Asylum

Bom, vou falar primeiro do jogo para depois voltar às origens (que não são tão origens assim).
Batman Arkhan Asylum é um jogo do batman (dard). Mas o importante é que até quem não gosta de jogos de heróis gostou desse jogo. Em qualquer review que você ver por ai, o jogo recebeu notas no mínimo maiores que 9.


Dá para perceber o porque nessa imagem. Um dos pontos altos do jogo é o gráfico, que beira a perfeição... as animações sao no mesmo estilo do game, só pra ter uma noção do gráfico.
Jogando como o maior detetive do mundo, e com suas bugigangas, claro, você vai ter q desvendar as charadas do... Charada... e para isso você tem a Visão Detetive, que possibilita ver todos os dutos, grapple places, b atimentos cardiacos das vítimas, enfim, nao perde um fio de cabelo no chão...
Onde encontrar os vilões mais "bad ass" de Gotham? no Asilo Arkham... então onde começar um pandemônio para a cidade? Oras, um plano relativamente simples do Coringa, que cabe ao nosso morcego favorito botar um ponto final.
Dentre os vilões estão o Coringa, a Harley Quinn, Killer Croc (ou Crocodilo), o zsasz (o cara todo retalhado),a Ivy (ou Era Venenosa), Bane, claro, e seria impossível nao citar as batalhas alucin(ógenas)antes com o Espantalho...
O tão aclamado pelo Chandler, cinto de utilidades do Batman contém algumas bugigangas muitíssimo úteis ao decorrer do jogo... entre elas estão a classica batarangue, o grapple, o Explosivo, o Bathook e o Decodificador. Enquando você joga e bate em alguns loucos, (outro ponto algo do game, a jogabilidade) você ganha experiência, para fazer upgrades e ficar mais fodão do que você ja é... por exemplo atirar três batarangas ao invés de uma.
Enfim, um jogo que realmente me surpreendeu bastante, não esperava tanto desse jogo, considerando outros Fails de heróis nos games... Mas agora, vou dizer sobre o Batman Asilo Arkham, ou Arkham Asylum...
Há, dessa vez vou falar do HQ na verdade, e não tudo de novo. Este Graphic Novel foi escrito no final dos anos 80, 1989 para ser mais exato, pelo Genial e agora pop, Grant Morrison.


(ampliem a imagem, a arte é fodástica)


Uma das coisas que mais me surpreende nesse HQ é o fato de em plenos anos 90, quase na era de prata dos quadrinhos, isso quer dizer, quando todos queriam mostrar o quão fortes, fodões, espertos são os seu heróis, Morrison mostra o lado humano do Bat. Mostra que ele pode se ferir, e também beirando a loucura no manicômio.
A arte também chama atenção, muito confusa, mas detalhada, mais ou menos como se fosse tão louco quanto os pacientes.
A história é parecida com o jogo... mas ainda assim é muito diferente... terão que ler/jogar para saber porque, pois eu nao conto spoilers. Mas o nosso Detetive deve enfrentar alguns dos seus piores vilões para fazer o jogo do Coringa que ficou mais louco que ele ja era.
Enjoy!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

LIVRO DO MÊS

NOVA SEÇÃO
AeeEEeeeeEeeE

Livro do Mês: 1984



certamente uma das obras mais influentes do século 20, ainda que fonte de inspiração para muitas outras obras mais conhecidas (V de Vingança, p.ex.), a obra prima de George Orwell é leitura obrigatória para todos.

A História
A história se passa numa Inglaterra imaginada por Orwell, por volta do ano de 1984 (ninguém sabe com exatidão as datas), a Inglaterra denomina-se "pista de pouso nº1" e faz parte de um dos 3 superestados do mundo, a Oceania (os outros são a Lestásia e a Eurásia). A Oceania vive sob tutela d'O Partido, o Ingsoc, que significa Socialismo Inglês na língua criada pelo Estado, a Novilíngua (falarei mais sobre ela).

O livro conta a história de Winston Smith, funcionário do Ministério da Verdade, que se incumbe de modificar as histórias e documentos do passado, como manchetes de jornal, fotos, criar uma nova verdade, a fim de aumentar a credibilidade e a força do Partido. Fazem parte desse Estado 4 Ministérios, o Min. da Verdade (que transforma as notícias, o órgão midiático do governo), o Min. do Amor (que cuida das torturas e lavagem cerebras dos ideiacriminosos), o Min. da Paz (que cuida da Guerra) e o Min. da Fartura (que cuida das finanças e distribuição de rações). O nome dos ministérios não é ironia, já explico.

Os problemas começam quando Winston começa a questionar as maneiras de controle do partido, sejam as Teletelas, que vigiam o interior das casas, as ruas, tudo é visto pelas teletelas (daí veio o nome do Big Brother), ou pela Polícia do Pensamento (que patrulha a crimidéia, o pior crime de todos), que mantém o controle total da vida social, Winston começa a questionar da veracidade do Grande Irmão, o líder máximo do partido, que aparece nas Teletelas, nunca em público. Winston começa a contrariar as ordens do partido, inicia a sua ida sem volta à crimidéia quando compra um caderno para fazer um diário, segundo ele, já estava morto no momento em que escreveu "Abaixo o Grande Irmão" no caderno. O mais eu conto, menos vocês lerão.

Contexto
O aspecto que mais me interessou no livro, além da ótima trama, é o contexto da sociedade na época, as maneiras como o Insoc influencia a vida social comum, sufocando a liberdade individual.
Por Exemplo, na Oceania, as crianças tem um grupo de escoteiros, são os espiões, onde as crianças são incitadas a relatarem seus pais, possíveis idealistas, à Polícia do Pensamento, o fanatismo das pessoas é tanto que os pais que são relatados ficam orgulhosos; algo tão banal como comprar uma gilete, ficar apaixonado ou até chegar atrasado adquirem status de crime. Além do controle da mídia, o Ingsoc controla o pensamento, num sistema perfeito que controla o pensamento e a linguagem.



Novilíngua e o Duplipensar.
A principal crítica de Orwell, e o ponto mais inteligente de seu livro é o modo como o pensamento pode ser controlado através da linguagem. No livro, está sendo introduzida uma nova língua, a Novilíngua, que, quando completa, impossibilitaria a expressão de qualquer idéia considerada subversiva. Por exemplo, um colega de Winston é especialista, e diz que a Novilíngua é a única língua que diminui, a abolição quase total de adjetivos (ex. o Maravilhoso vira Dupliplusbom) e no futuro, até a palavra Liberdade será inutilizada.
Outro mecanismo igualmente genioso é o duplipensar, que consiste em contar uma mentira, e acreditar nela. Como? No duplipensar, ouve-se a nova mentira, que nós sabemos que é mentira, mas, ao mesmo tempo, nos decidimos que essa mentira contada é a verdade, e sempre foi a verdade, esquecendo até da manipulação, até para usar a palavra duplipensar é necessário duplipensar (A Oceania está em guerra com a Lestásia, então, sempre esteve em guerra com a Lestásia).
E assim, usando o duplipensar como mecanismo alienante e a Novilíngua para prevenir a crimidéia, tem-se um Estado Totalitário perfeito, onde ninguém se rebelaria.
Para traduzir esses mecanismo, fica o lema do partido
"GUERRA É PAZ
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNORÂNCIA É FORÇA"



Por que ler?
Além de ter sido conluída em 1948, a obra nunca foi tão atual e influente hoje em dia. Alguns até comparam Obama com o Grande Irmão (chamam de Amsoc). Comparando o livro com a História, temos governos como o de Hitler, e, proncipalmente o de Stálin, que manipulava fotos de bolcheviques e apagava Lênin das fotos. O livro é um grande alerta, contra a sociedade de Controle e contra a alienação das pessoas.



PS: O livro foi adaptado para o cinema, ótima obra.

Resumo: Livro que faz pensar, sobre a condição manipulável da individualidade
Recomendo para: Quem gosta de literatura política
Não recomendo: Pra quem ainda não acha que Literatura é arte.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Filme(s) da Semana

Atendendo a (mais) pedidos, o filme da semana dessa vez tem 3 filmes, talvez a trilogia mais conhecida dos anos 80, o grandioso:

DE VOLTA PARA O FUTURO!! (1985, 1989, 1990)
Michael J. Fox (Marty), Cristopher Loyd (Dr. Brown)



Falar de "De Volta para o Futuro" é o mesmo que falar dos próprios anos 80, as roupas, as músicas, a visão de futuro, tudo nos lembra daquela década (mesmo que não tenhamos nem nascidos ainda).

O diretor Robert Zemeckis (que também está por trás do ótimo Forrest Gump), juntamente com o roteirista Bob Gale criaram uma história extremamente complexa para os padrões da época (que só se iguala, em complexidade à série de games Metal Gear Solid), com viagens para o futuro para o passado e de volta para o futuro, paradoxos temporais, e um dos aspectos que eu mais gosto, do "efeito borboleta" que cada ação nossa faz no futuro distante.

O primeiro filme mostra Marty, o típico garoto americano dos anos 80: rebelde, anda de skate, acorda atrasado para a escola, enfim, um clássico jovem americano oitentista. Marty tem um amigo incomum, o Dr. Brown, o "cientista maluco" da cidade, que criou a máquina do tempo definitiva (que é um Delorean), e pede a ajuda de Marty para testar a tal máquina.

A partir daí ocorre uma sucessão de erros, Marty vai para o passado e tenta avisar o Dr. Brown que ele vai ser morto (sem spoilers, gente), acaba conhecendo sua própria mãe, é o responsável por juntar sua mãe e seu pai e também inventa o Rock'n Roll na passagem.


(quem nunca quis uma jaqueta dessas????)

A trama eu acho que todos nós conhecemos de cor e salteado, inclusive a clássica cena da Torre do Relógio (que eu sei que todos nós prendemos a respiração da 1ª vez), e todas os detalhezinhos dos três filmes, acreditem, é muita história para contar, tente contar tudo para seu priminho de 6 anos que você entende o tamanho e a complexidade do roteiro. Viajens no tempo, se usadas corretamente, tornam o roteiro uma coisa maravilhosa e gostosa de se acompanhar e tentar entender cada canto obscuro do roteiro. E tudo isso misturado com um humor sutil que poucos se dão o luxo de fazer igual.



Agora, o aspecto que realmente me atrai é o mais nerd possível, como esse filme tratou tão abertamente do tema "Viagem no tempo", coisa que antes só era tratada com seriedade e ciência complexa (vide a obra-prima de Julio Verne, máquina do tempo), quebraram-se esses preconceitos e passamos a ver com mais frequencia esse tipo de ficção científica nas telonas.

Cada vez que se fala em viajens no tempo, o que me vem à cabeça é o DeLorean correndo a 88Mp/h, não tem outro pensamento que me venha tão "automaticamente". A questão que levantou-se mais tarde é que se á possível mudar o futuro indo para o passado, o tal do efeito borboleta, o 2º filme trata muito bem disso, Biff rouba de Marty um livro com todos os resultados dos jogos de futebol, começa a apostar e fica rico,quando Marty volta ao seu presente, a cidade mudou e Biff virou um poderoso que controla a cidade, o tema da predestinação e do livre-arbítrio fica em evidência.



Atualmente, o tema vem sendo explorado pela série Lost, que trata disso com uma seriedade que eu acho excessiva (mas não menos divertida ou complexa), pelo filme Donnie Darko, que eu acho genial e assisto sempre que posso...

Enfim, se você não assistiu De Volta para o Futuro, você não teve um início de adolescência feliz, agora é a hora de assistir.

Recomendo: Para quem gosta de ficção, comédia e de histórias complexas
Não recomendo: Para quem não gosta dos itens acima¬¬
Assista também: Donnie Darko, A Máquina do Tempo, Lost, Flash Foward.