O mundo não é o mesmo desde que o mundo era mundo...
Bom, comecei ontem a ler o livro Cultura, um conceito antropológico e terminei ontem mesmo (porque tinha um trabalho, mas não vem ao caso) pelo tema, creio que o estudar a nossa cultura, como, quando e o poruq ela surgiu é muito importante...
O tema central é o etnocentrismo, mas ele puxa bastante para a cultura, como ela começou e como ela está hoje... Um link muito importante que ele faz com isso e com meu tema central éque antigamente, a diversão dos nossos pais era sair às 20 horas, de camisa, gravata, terno azul e calças boca de sino. A diversão nessa época era dançar, e pedir para a moça " o prazer desta dança"...
E qual a diversão de hoje? Sair beber, muito, ficar lokis, e "pegar" a primeira que olhar para você na balada...
Ai, quando eu terminei o livro eu analisei isso, e vi a mudança MONSTRUOSA, que no livro ele cita como uma pequena mudança que acontece a cada um quarto de século...
Hoje em dia vimos isso como normal, e nossos pais como atrasados, e nossos pais veêm agente como diferentes, ou citam "no meu tempo isso seria errado"... se hoje em dia a putaria rola solta (não só a putaria, mas entre tudo, a putaria) o que será que nossos vão poder fazer que não fariam no nosso tempo? (=O)
Medo...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Séries: Dexter
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É, faz tempo que eu não falo de séries, achei válido ressucitar a seção...
Ah... Mais uma série policial? Essa foi a pergunta que me assolou a primeira vez que ouvi falar sobre Dexter, vi que a maioria da trama se desenrolava no Miami Metro, com detetives, longas investigações e um serial killer. Bem, eu não estava de todo errado, mas eu com certeza fui surpreendido pela história desse carismático criminoso.
Primeiramente, quero dizer que Dexter não é uma série policial comum, pros que nunca ouviram falar, vou contar a trama de um jeito simples: Dexter Morgan tem uma namorada, que tem filhos, uma irmã carrancuda, um bom trabalho na polícia de Miami, um apartamento adorável. Mas, Morgan tem um impulso por matar pessoas. A trama se desenrola, primeiramente, sobre o fato de que o amado Dexter só mata criminosos que a polícia nunca conseguiu pegar, ele tem um tipo de Código de conduta, ditado pelo seu falecido pai, que era policial. E é graças a esse código que Dexter nunca foi pego por nenhum de seus assassinatos.
Baseada na cultuada obra de Jeff Lindsay, a série explora os cantos obscuros da psique humana, o conceito de trauma é elevado à maior importância quando descobrimos os por ques de Dexter ter esse "Dark Passenger", quando vamos recebendo detalhes de seu passado, de sua formação, sua vida após ser adotado pelo policial Harry Morgan, receber uma irmã, uma nova família. Cada episódio é elevado a um estado de arte enquanto vemos Dexter ter que fingir cada sentimento, cada emoção que ele realmente nunca sentiu, vemos como é a sensação de caçar um ser humano, a tensão é presente em cada cena.
O roteiro é um dos mais bem escritos da atualidade (na minha opinião, o melhor des de Sopranos), cada episódio mostra um dos aspectos da vida social do serial killer, onde tentamos compreender o principal, que Dexter nunca sente qualquer coisa, só a exitação de matar, ele não ama, ele não sente amizade, só aquele pulso animal por matar o próximo, misturado com um senso distorcido de Justiça, o espectador aprende a adorar esse personagem. Além da enxurrada de ótimos personagens, como pervertido Masuka, Rita, a namorada de Dexter e seus filhos Astor e Cody, Paul Bennet, o ex marido de Rita, todos esses personagens adquirem uma profundidade incrível ao descorrer das temporadas, cada um com tramas próprias, tudo tão bem desenvolvido.
O line-up da série é simplesmente sensacional, Jennifer Carpenter, d'O Exorcismo de Emily Rose arrebenta no papel da boca suja Debra Morgan, mas o papel realmente fodasticamente interpretado é o proncipal, Michael C Hall está em sua melhor forma ao dar ao serial killer mais amado da TV uma atuação digna dos Emmys que ele ganhou (acho que atualmente só o Bryan Carson, de Braking Bad se equipara...). Também os coadjuvantes são ótimos, destaque para Maria LaGuerta, que começa bem chatinha, mas se desenvolve muito bem, e para o Sg. Doakes, que nos faz ter raiva do único personagem que sacou a psique de Dexter. A 4ª temporada teve um reforço de peso, John Lithgow (O Dossiê Pelicano, várias dublagens, Footloose), um veterano que faz um matador que atua por 30 anos sem ser pego, sempre fazendo 3 vítimas por cidade que visita.
Santo ou demônio?
Dexter representa o conflito dentro de cada um de nós, a vontade primal de mandar tudo à merda e esquartejar o primeiro que a gente cruzar, representa também a importância de se viver em sociedade, aquele que está sozinho está fadado a perder tudo, a real importância de sermos seres sociais, não é apenas a máscara que usamos, a vida em sociedade nos torna quem somos, pessoas boas ou ruins. Além disso, sempre uma questão muito interessante é posta: o fato de matar somente criminosos faz o carrasco mais criminoso ou salvador? É algo a se pensar...
Atualmente, o seriado está em sua 4ª temporada, que continua renovando o fôlego a cada episódio, mesmo após uma 3ª temporada morosa, os índices de audiência estão maiores a cada episódio.
Resumo: Todos nós temos um Dark passenger
Recomendo: Pra quem gosta de assuntos psicológicos
Não Recomendo: Pra quem acha que TV é pra comédias românticas
Assista também: Death Note, O Gato de 9 Caudas, A Cauda do escorpião.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Livro da Semana: Depois do Funeral
Ahá. Voltei das minhas férias não avisadas!
Então vamos lá, hoje começa a sessão “Livro da Semana”. Porque quarta é dia de feira no extra, futebol e cultura! ;D
Pra começar eu escolhi o livro “Depois do Funeral” da Agatha Christie, porque terminei de ler recentemente e porque tenho um história peculiar com ele.
Sobre a autora:
Agatha Christie foi uma escritora britânica, famosa por seus romances policiais. É autora de 80 livros, e depois da Bíblia e de Shakespeare, suas obras são as mais traduzidas no mundo. É conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, entre outros adoráveis apelidos. Criou personagens famosos com: Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne.
Depois do Funeral
A família do rico patriarca Richard Abernethie está reunida após seu funeral (dããã!!), na leitura do testamento (no qual todos se beneficiam), quando sua irmã, Cora, que sempre teve por hábito fazer comentários impertinentes, insinua que Richard foi assassinado.
No dia seguinte, ela mesma é brutalmente assassinada na sua casa. Assim, dando a entender que Richard fora realmente assassinado e que o assassino tenha se sentido ameaçado pelo comentário de Cora.
O advogado da família Abernethie, Dr. Entwhistle, fica perturbado e não acredita que as duas mortes sejam apenas coincidência e decide investigar o caso. Para isso, pede auxilio a seu amigo Hercule Poirot e levantam as questões: Richard foi mesmo assassinado? Cora sabia algo sobre este fato? Quem pode dar informações sobre o assunto, agora que Cora está morta? Quem pode ter assassinado Cora, visto que nenhum dos parentes pode apresentar um álibi inquestionável?
O livro é pequeno, fácil de ler e te prende do começo ao fim. É bem divido entre narração e diálogos, ou seja, tem ação mas deixa tudo muito bem explicado. Não é linear, mas é fácil de entender.
Lendo eu achei três possíveis assassinos! Hahaha E nenhum deles era o certo, mas ok! ¬¬
Recomendo: A quem gosta de romances policiais, suspense, etc. É muito bom!
Não recomendo: A quem se atrapalha com história não-lineares!
Então vamos lá, hoje começa a sessão “Livro da Semana”. Porque quarta é dia de feira no extra, futebol e cultura! ;D
Pra começar eu escolhi o livro “Depois do Funeral” da Agatha Christie, porque terminei de ler recentemente e porque tenho um história peculiar com ele.
Sobre a autora:
Agatha Christie foi uma escritora britânica, famosa por seus romances policiais. É autora de 80 livros, e depois da Bíblia e de Shakespeare, suas obras são as mais traduzidas no mundo. É conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, entre outros adoráveis apelidos. Criou personagens famosos com: Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne.
Depois do Funeral
A família do rico patriarca Richard Abernethie está reunida após seu funeral (dããã!!), na leitura do testamento (no qual todos se beneficiam), quando sua irmã, Cora, que sempre teve por hábito fazer comentários impertinentes, insinua que Richard foi assassinado.
No dia seguinte, ela mesma é brutalmente assassinada na sua casa. Assim, dando a entender que Richard fora realmente assassinado e que o assassino tenha se sentido ameaçado pelo comentário de Cora.
O advogado da família Abernethie, Dr. Entwhistle, fica perturbado e não acredita que as duas mortes sejam apenas coincidência e decide investigar o caso. Para isso, pede auxilio a seu amigo Hercule Poirot e levantam as questões: Richard foi mesmo assassinado? Cora sabia algo sobre este fato? Quem pode dar informações sobre o assunto, agora que Cora está morta? Quem pode ter assassinado Cora, visto que nenhum dos parentes pode apresentar um álibi inquestionável?
O livro é pequeno, fácil de ler e te prende do começo ao fim. É bem divido entre narração e diálogos, ou seja, tem ação mas deixa tudo muito bem explicado. Não é linear, mas é fácil de entender.
Lendo eu achei três possíveis assassinos! Hahaha E nenhum deles era o certo, mas ok! ¬¬
Recomendo: A quem gosta de romances policiais, suspense, etc. É muito bom!
Não recomendo: A quem se atrapalha com história não-lineares!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Coxinha Facts
Bom, ontem na madrugada re-li a "Invasão Secreta" que btw (Bai D Uei) ta muito arrebentando nas propagandas
()
E me deu vontade de ler a crise final... o que me lembra que eu tenho q ir na banca... Enfim, o que me lembra também da Equação da Anti-vida...
A equação da Anti-vida me lembra a equação que eu criei à alguns anos atrás... Murphy provavelmente nao tinha dedinho para nao ter escrito uma lei ( inútil ) dessas...
Oras, todos já passamos por uma situação dessas, acabou de sair do banho, se enrola na toalha, vai pegar o chinelo que esqueceu no correrdor, e no meio do caminho tem uma cama...
Bate na cama, se joga nela, agarra o dedo do pé, ve se quebrou e chinga TUDO, até a cama, tadinha, lembre-se que você que colocou ela lá...
Se não é uma cama, é um pézinho da estante, ou o pé de alguem... Eu que sou destrambelhado bato meu pé em algo umas 2 vezes por mês, ainda bem que só uma por ano é o dedinho!
Meu ponto nisso tudo? Nenhum, só pra abrir a nova série de posts "COXINHA FACTS!"
OBS: Por favor, não caiam na cama me xingando quando você bater o seu dedo...
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E me deu vontade de ler a crise final... o que me lembra que eu tenho q ir na banca... Enfim, o que me lembra também da Equação da Anti-vida...
A equação da Anti-vida me lembra a equação que eu criei à alguns anos atrás... Murphy provavelmente nao tinha dedinho para nao ter escrito uma lei ( inútil ) dessas...
Oras, todos já passamos por uma situação dessas, acabou de sair do banho, se enrola na toalha, vai pegar o chinelo que esqueceu no correrdor, e no meio do caminho tem uma cama...
Bate na cama, se joga nela, agarra o dedo do pé, ve se quebrou e chinga TUDO, até a cama, tadinha, lembre-se que você que colocou ela lá...
Se não é uma cama, é um pézinho da estante, ou o pé de alguem... Eu que sou destrambelhado bato meu pé em algo umas 2 vezes por mês, ainda bem que só uma por ano é o dedinho!
Meu ponto nisso tudo? Nenhum, só pra abrir a nova série de posts "COXINHA FACTS!"
OBS: Por favor, não caiam na cama me xingando quando você bater o seu dedo...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Filme da Semana
TRÊS HOMENS EM CONFLITO (The good, the bad and the ugly -1966)
Clint Eastwood (Blondie), Lee Van Cleef (Angel eyes) e Elli Walach (Tuco, the rat).
Novamente, indo no embalo do post anterior, um western, que na minha opinião é o melhor do gênero. Dirigido pelo italianíssimo Sergio Leone em 1966, o filme é a 3ª parte da não-tão-conhecida "Trilogia dos dólares", que são 3 westerns (dã), o 1º é "Por um punhado de dólares", o 2º é "Por uns dólares a mais" e o 3º é o filme do post, nenhum deles tem algo em comum, exceto pelo cenário e o grande Clint Eastwood no papel principal, interpretando sempre o mesmo personagem, o Estranho Sem Nome (vou falar mais dele depois).
A trama se passa durante a guerra civil americana, cidades arrasadas, tiros de canhão, prisões, generais e tropas são figuras constantes no cenário do filme (mas nunca deixando que o filme seja sobre a guerra em si) - um comentário interessante: "Such a waste of good men", na cena da ponte. Então, temos os personagens principais do filme: Angel eyes (Van Cleef), um mercenário que busca uma quantia enorme de ouro que foi roubada do exército, que é o "Bad" do título original; Tuco, um fora-da-lei perseguido constantemente por caçadores de recompensa, um cara que não vale nada, recebe o apelido de "rato", é o "Ugly" do título; e temos o "Good", Clint Eastwood, que é um exímio atirador, que tem um tipod e acordo com Tuco: ele o entrega para a polícia, recebe a recompensa e quando ele é enforcado, atira na corda e os dois fogem.
As três histórias se cruzam quando o homem que sabia onde estava o ouro revela que está numa cova, num cemitério, diz o nome do cemitério a Tuco e o nome da lápide a Blondie (Clint). Angel Eyes estava perseguindo esse homem, e descobre o nome do cemitério, então, o personagem de Eastwood fica intocável durante o filme, enquanto os outros dois lutam pela lealdade e pela metade do segredo que ele guarda, é um jogo de gato e rato que eu acho genial. Temos cenas no deserto, tiroteios, cavalgadas, mais tiroteios, vinganças e todas as características de um bom western (só faltaram os índios...).
A música é um dos fatores que mais alavancaram esse filme na época, as composições de Ennio Morricone são simplesmente épicas, bem colocadas e memoráveis, várias bandas de rock, cantores de rap, e pops já fizeram homenagens ao compositor em várias ocasiões.
O trabalho de filmagem também é incrível, seja em takes amplos no deserto, ou as cenas claustrofóbicas de lutas no meio de uma cidade devastada pela guerra, Leone fez um ótimo trabalho, uma das cenas que me chamou a atenção é uma de tortura, ele consegue captar a brutalidade do momento, Leone era um diretor perfeccionista, e nós vemos a diferença em seus filmes, nenhum detalhe escapa, a recriação do país devastado pela guerra, e principalmente das pessoas arrasadas por ela, tudo isso é muito perfeito e bem mostrado na obra-prima do diretor. Não existe uma cena parada, o diretor consegue aplicar uma tensão tão grande em cada cena, que, mesmo vendo o filme várias e várias vezes, ainda fico tenso assistindo (quem já viu sabe o que eu falo).
Os atores principais dão um show à parte, fica evidente na cena de apresentação de cada um deles, o olhar extremamente vil e a fala de Van Cleef "When I'm payed, i allways get the job through" enquanto assassina seu antigo patrão e é taxado de "The Bad", em letras vermelhas na tela, a fuga desesperada de Tuco, após atirar em 3 caçadores, carregando consigo sua garrafa de pinga e alguma comida, enquanto o escrito vermelho enche a tela: "The Ugly", e é claro, a juventude a a boa aparência do "The Good". Durante o filme, é natural que nós nos apeguemos ao personagem de Tuco, que é tão mesquinho, vil, lembro de como ele odeia seu "companheiro", mas, logo após tentar matá-lo, vira seu melhor amigomas nós temos uma grande simpatia, a cena que ele entra na banheira e aproveita o banho é simplesmente hilária. No filme, o diretor tentou captar as principais características do ser humano, a bondade, a maldade e o meio-termo, esses três personagens representam os desejos sempre conflitantes da humanidade.
Curiosidades:
-Em 1862, uma libra de ouro valia o equivalente a US$20.672, em 2009, uma libra de ouro vale US$821.77. Então, os US$200.000 que os personagens buscam valem aproximadamente 7.950.000,15 dólares em valores atuais.
-No filme, os três personagens principais realmente falavam inglês, todos os outros falavam suas línguas nativas, Italiano, Espanhol. Mais tarde, todos foram dublados para o inglês.
-Durante a cena onde Tuco corre no cemitério, um cão é visto correndo junto. Foi uma idéia do diretor, senão a cena ia ficar melodramática, ele liberou o cachorro sem avisar o ator, então o olhar de surpresa no momento é genuíno.
-Clint Eastwood usou o poncho nos três filmes da trilogia, sem lavar ou trocar.
-O Cemitério não foi desmontado após as filmagens, virou um ponto turístico muito popular.
-A cena do duelo final foi "copiada" em Cães de Aluguel e Pulp Fiction.
Resumo: Filme sobre três foras-da-lei atrás de uma montanha de dinheiro
Recomendo: Pra quem gosta de westerns e filmes de ação
Não recomendo: Pra quem não gosta de filmes muito longos (são 2:50 de filme)
Assista também: Os Imperdoáveis (que é uma continuação, conta a velhice do Estranho Sem Nome), O Tesouro de Sierra Madre, Por uns dólares a mais, Por um punhado de dólares.
Clint Eastwood (Blondie), Lee Van Cleef (Angel eyes) e Elli Walach (Tuco, the rat).
Novamente, indo no embalo do post anterior, um western, que na minha opinião é o melhor do gênero. Dirigido pelo italianíssimo Sergio Leone em 1966, o filme é a 3ª parte da não-tão-conhecida "Trilogia dos dólares", que são 3 westerns (dã), o 1º é "Por um punhado de dólares", o 2º é "Por uns dólares a mais" e o 3º é o filme do post, nenhum deles tem algo em comum, exceto pelo cenário e o grande Clint Eastwood no papel principal, interpretando sempre o mesmo personagem, o Estranho Sem Nome (vou falar mais dele depois).
A trama se passa durante a guerra civil americana, cidades arrasadas, tiros de canhão, prisões, generais e tropas são figuras constantes no cenário do filme (mas nunca deixando que o filme seja sobre a guerra em si) - um comentário interessante: "Such a waste of good men", na cena da ponte. Então, temos os personagens principais do filme: Angel eyes (Van Cleef), um mercenário que busca uma quantia enorme de ouro que foi roubada do exército, que é o "Bad" do título original; Tuco, um fora-da-lei perseguido constantemente por caçadores de recompensa, um cara que não vale nada, recebe o apelido de "rato", é o "Ugly" do título; e temos o "Good", Clint Eastwood, que é um exímio atirador, que tem um tipod e acordo com Tuco: ele o entrega para a polícia, recebe a recompensa e quando ele é enforcado, atira na corda e os dois fogem.
As três histórias se cruzam quando o homem que sabia onde estava o ouro revela que está numa cova, num cemitério, diz o nome do cemitério a Tuco e o nome da lápide a Blondie (Clint). Angel Eyes estava perseguindo esse homem, e descobre o nome do cemitério, então, o personagem de Eastwood fica intocável durante o filme, enquanto os outros dois lutam pela lealdade e pela metade do segredo que ele guarda, é um jogo de gato e rato que eu acho genial. Temos cenas no deserto, tiroteios, cavalgadas, mais tiroteios, vinganças e todas as características de um bom western (só faltaram os índios...).
A música é um dos fatores que mais alavancaram esse filme na época, as composições de Ennio Morricone são simplesmente épicas, bem colocadas e memoráveis, várias bandas de rock, cantores de rap, e pops já fizeram homenagens ao compositor em várias ocasiões.
O trabalho de filmagem também é incrível, seja em takes amplos no deserto, ou as cenas claustrofóbicas de lutas no meio de uma cidade devastada pela guerra, Leone fez um ótimo trabalho, uma das cenas que me chamou a atenção é uma de tortura, ele consegue captar a brutalidade do momento, Leone era um diretor perfeccionista, e nós vemos a diferença em seus filmes, nenhum detalhe escapa, a recriação do país devastado pela guerra, e principalmente das pessoas arrasadas por ela, tudo isso é muito perfeito e bem mostrado na obra-prima do diretor. Não existe uma cena parada, o diretor consegue aplicar uma tensão tão grande em cada cena, que, mesmo vendo o filme várias e várias vezes, ainda fico tenso assistindo (quem já viu sabe o que eu falo).
Os atores principais dão um show à parte, fica evidente na cena de apresentação de cada um deles, o olhar extremamente vil e a fala de Van Cleef "When I'm payed, i allways get the job through" enquanto assassina seu antigo patrão e é taxado de "The Bad", em letras vermelhas na tela, a fuga desesperada de Tuco, após atirar em 3 caçadores, carregando consigo sua garrafa de pinga e alguma comida, enquanto o escrito vermelho enche a tela: "The Ugly", e é claro, a juventude a a boa aparência do "The Good". Durante o filme, é natural que nós nos apeguemos ao personagem de Tuco, que é tão mesquinho, vil, lembro de como ele odeia seu "companheiro", mas, logo após tentar matá-lo, vira seu melhor amigomas nós temos uma grande simpatia, a cena que ele entra na banheira e aproveita o banho é simplesmente hilária. No filme, o diretor tentou captar as principais características do ser humano, a bondade, a maldade e o meio-termo, esses três personagens representam os desejos sempre conflitantes da humanidade.
Curiosidades:
-Em 1862, uma libra de ouro valia o equivalente a US$20.672, em 2009, uma libra de ouro vale US$821.77. Então, os US$200.000 que os personagens buscam valem aproximadamente 7.950.000,15 dólares em valores atuais.
-No filme, os três personagens principais realmente falavam inglês, todos os outros falavam suas línguas nativas, Italiano, Espanhol. Mais tarde, todos foram dublados para o inglês.
-Durante a cena onde Tuco corre no cemitério, um cão é visto correndo junto. Foi uma idéia do diretor, senão a cena ia ficar melodramática, ele liberou o cachorro sem avisar o ator, então o olhar de surpresa no momento é genuíno.
-Clint Eastwood usou o poncho nos três filmes da trilogia, sem lavar ou trocar.
-O Cemitério não foi desmontado após as filmagens, virou um ponto turístico muito popular.
-A cena do duelo final foi "copiada" em Cães de Aluguel e Pulp Fiction.
Resumo: Filme sobre três foras-da-lei atrás de uma montanha de dinheiro
Recomendo: Pra quem gosta de westerns e filmes de ação
Não recomendo: Pra quem não gosta de filmes muito longos (são 2:50 de filme)
Assista também: Os Imperdoáveis (que é uma continuação, conta a velhice do Estranho Sem Nome), O Tesouro de Sierra Madre, Por uns dólares a mais, Por um punhado de dólares.
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