segunda-feira, 29 de junho de 2009
10 fotos 10
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Cinema - Especial 2 - parte 2
Obra:
A obra de Chaplin merece aplausos em pé (literalmente).
No início, quando ainda trabalhava para o estudio de Mack Sennet, Chaplin atuou em vários filmes, mas nenhum obteve o sucesso que Mack tinha visto no comediante inglês. Mack e Charlie tiveram a idéia de representar um homem maltrapilho, que andava engraçado, sempre com a bengala torta e chapéu, nascia assim o personagem que eternizou Charlie Chaplin: o Vagabundo
O primeiro filme de Chaplin foi "Mabel's Strange Predicament" (link da wikipedia, eu não assisti esse), que obteve uma repercussão extraordinária no cenário americano, em fev. de 1914. Segue um trecho retirado da autobiografia dele, onde ele conta como nasceu o visual: "I had no idea what makeup to put on. I did not like my get-up as the press reporter [in Making a Living]. However on the way to the wardrobe I thought I would dress in baggy pants, big shoes, a cane and a derby hat. I wanted everything to be a contradiction: the pants baggy, the coat tight, the hat small and the shoes large. I was undecided whether to look old or young, but remembering Sennett had expected me to be a much older man, I added a small moustache, which I reasoned, would add age without hiding my expression. I had no idea of the character. But the moment I was dressed, the clothes and the makeup made me feel the person he was. I began to know him, and by the time I walked on stage he was fully born."
A comédia de Chaplin começou a se tornar mais física, menos centrada em piadas comuns, mas com gags visuais, que eram relativamente novas para o público na época. Isso foi a marca registrada de Chaplin, mesmo em seu único filme 100% falado, a comédia não deixa de ser extremamente física, a movimentação do ator (mesmo quando ele não interpretava o Vagabundo, como em Luzes da Ribalta) era característica e logo se tornou conhecida pelo mundo inteiro.
O Vagabundo.
O personagem principal de Charlie nunca recebia nomes nos seus filmes, e sempre levava algumas características muito marcantes, como as atitudes refinadas, o chapéu, a bengala, o andar, o bigode, as calças extremamente largas, sapato furado, camisa apertada e normalmente furada, entre outros.
Em 1916, a Mutual Film Corporation pagou US$ 650.000 para Chaplin fazer filmes para eles, dando total controle artístico a ele, que pode deslanchar sua careira da maneira que quisesse, produziu filmes conhecidos na época, como "Easy Street", "The Pawnshop", 'The Adventurer", esses filmes eram diferentes das suas obras primas, pois continham um elemento quase inexistente nos filmes mais tardios: a vilania. Depois de terminado esse contrato, houveram muitos outros, com empresas estatais, privadas, enfim, uma infinidade de filmes foram produzidos.
United Artists:
Em 1919, um Chaplin diferente, mais rico, mais experiente, co-fundou a distribuidora United Artists, com outros artistas que buscavam mais liberdade criativa.
Foi nessa época que abriu o Charlie Chaplin Studios, onde filmou a maioria das suas obras-primas, onde pode produzir filmes maiores (com outros estudios, ele fez curtas-metragens para os padrões modernos), os quais comentarei a seguir, cronologicamente:
The Kid (1921):
Uma mulher deixa uma criança abandonada á própria sorte na rua. O Vagabundo, que vagava pelas ruas encontra o bebê e tenta devolve-lo para sua mãe, mas descobre que ele é órfão e decide criá-lo. Os dois ganham a vida aplicando um golpe: um joga pedras na janela, e o outro aparece como um restaurador.
Esse filme foi produzido após a morte do primeiro filho de Charlie, e carrega uma carga emocional muito forte, além de ser curtíssimo (50 minutos), consegue contar uma história bela sobre a relação de pai e filho que consegue arrancar risos se qualquer platéia e até uma lágrima casualmente.
The Gold Rush (1925):
O Vagabundo está no Alasca, buscando ouro (dã...), e passa por condições extremamente ruins, tentando sobreviver (chega a comer a própria bota). Depois, quando está a salvo, na cidade, dá um golpe (mais uma característica do Vagabundo: a malandragem, que não chega a ser maldosa) num velho dono de uma barraca e passa a viver lá. Conhece uma dancarina de uma casa de shows e se apaixona.
O filme originalmente era mudo, mas posteriormente, o próprio Chaplin dublou e narrou o filme, que acabou fazendo muito mais sucesso. Esse filme demonstra até onde o homem vai por dinheiro, e por amor também.
City Lights (1931):
Novamente temos o Vagabundo na cidade, seu habitat natural, onde ele conhece uma florista cega, que o toma por um homem rico. Nisso, o personagem conhece um rico suicida e o salva, tornam-se amigos. Nisso, o Vagabundo e a Florista passa a se amar, ele pega o carro do seu novo amigo emprestado e sai com ela pela cidade, ostentando uma riqueza que não tem. O dono do cortiço em que a mulher mora ameaça-a de despejo caso não pague o aluguel. O Vagabundo oferece ajuda, mas, como não é rico, tem que ganhar o dinheiro até o dia seguinte.
Nesse filme, que foi lançado depois que o cinema mudo perdia espaço para o cinema falado, as vozes de alguns personagens é feita por instrumentos musicais, ironizando o cinema falado. Em "Luzes da Cidade", fica clara a crítica contra os ricos, no personagem do rico suicida, que só é amigo do Vagabundo quando está bêbado.
Sem falar do final emocionante. Recomendado para quem acredita que o amor é cego.
Modern Times (1936):
Um operário sofre um ataque nervoso e é demitido da fábrica. Assim começa a história de amor entre o Vagabundo, sempre à procura de emprego, e de uma órfã moradora de rua.
Modern Times foi filmado durante a época da recessão americana, desemprego, falta de moradia, crime e a desgraça caíam sobre o povo americano. Chaplin mostra aqui sua veia crítica, onde ele critica a sociedade em geral, ninguém escapa ao olhar irônico do diretor, os patrões, os operários, policiais, os ricos, comunistas, capitalistas, toda a sociedade é criticada no filme.
Nessa época, era inevitável não usar a fala no filme, mas Chaplin conseguiu juntar os dois: durante o filme, a única voz que se ouve sai de máquinas! O eterno embate entre homem e máquina nunca foi tão vivo. E nesse filme, todos os espectadores esperavam ouvir a voz do astro: ele não decepcionou, e no final, quando trabalha como garçon-cantor, chaplin canta, assim, cairia no impasse de acabar com sua imagem de mímico, mas achou uma solução, no filme, o Vagabundo não decora a letra e simplesmente canta, usando palavras sem sentindo, mantendo o espírito mímico de seus filmes.
The Great Dictador (1940):
Chaplin deixa para trás o personagem do Vagabundo para interpretar dois ao mesmo tempo: o ditador Heynkel e um barbeiro Judeu que perde a memória em uma Guerra, que são sósias e nunca chegam a efetivamente se encontrar. Ao voltar para casa, o Judeu descobre que Heynkel decidiu caçar o povo judeu de seu país. O filme mostra o ponto de vista dos dois personagens, o Ditador procura dominar o mundo, e o Barbeiro, busca viver pacificamente.
A obra-prima de Chaplin, na minha opinião, uma crítica ferrenha ao Nazismo e ao Facismo (no personagem engraçadíssimo Benzino Napaloni, ditador da Bacteria), que assolavam a Europa dos anos 20 ->50. O ditador interpretado por Chaplin é franzino, inseguro e extremamente cômico, chegando a ser ingênuo (o registro pessoal do cinema de hitler acusa que ele assistiu esse filme duas vezes).
Esse foi o primeiro filme 100% falado que Chaplin produziu e foi lançado quando os E.U.A ainda eram neutros na Guerra. Esse fato fez com que os americanos nem soubessem do que se passava nos campos de concentração de judeus. Quando Chaplin soube, disse que nunca faria graça com algo assim.
No final, o Ditador e o Barbeiro (que havia sido preso num campo de concentração) trocam de lugar, e sai daí um dos discursos mais memoráveis do cinema.
Pelo conjunto da obra:
Recomendo: para quem gosta de filmes
Não Recomendo: Ditadores e chefes cruéis de fábricas
Dica: A Warner e a distribuidora MK2 estão relançando os grandes clássicos, em DVD's duplos, com extras a dar com o pau, por 24 reais nas melhores lojas. Se você gostou do post, assista a algum deles, não deixe a obra do maior comediante do mundo morrer.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Cinema - Especial 2 - parte 1
Charlie Chaplin.
Vida:
Sir Charles Spencer Chaplin, inglês, filho de dois músicos que, logo após o nascimento do filho se separaram, e o pequeno Charlie ficou aos cuidados da mãe instável, seu pai morreu devido ao vício em bebida quando Charlie tinha apenas 12 anos, mesmo ano em que sua mãe foi internada no Asilo Cane Hill, onde morreu, em 1928.
Charlie subiu ao palco pela primeira vez em 1894, quando sua mãe o ensinou a representar, cantar e dançar. Quando pequeno, ficou doente duas vezes, e sua mãe representava para ele o que acontecia na rua com mímicas. Em 1912, Chaplin se juntou a uma companhia alemã de comédia, devido à influência de seu meio-irmão, Sydney, que deu uma ajuda ao garoto, e, no mesmo ano, entrou nos Estados Unidos com a companhia. Foi nessa época que conheceu Stan Laurel (o magro, de O Gordo e o Magro), com quem dividiu o quarto numa pensão. A atuação foi notada pelo produtor Mack Sennet, que o convidou para os estúdios Keystone, onde Charlie demonstrou talento, e obteu autonomia, tendo poderes para atuar, produzir, escrever e dirigir seus filmes, que adquiriram fama rapidamente.
Em 1919, fundou seu próprio estudio, junto com outros artistas, o United Artists.
Em 23 de Outubro de 1918, Charlie casou-se pela primeira vez, com Mildred Harris, que na época tinha 16 anos, eles tiveram um filho deformado, que morreu três dias após o nascimento, separaram-se dois anos depois. Logo depois, Chaplin ficou conhecido pelos seus "dotes", dizia qque seu pênis era a Oitava Maravilha do Mundo, e que chegava a cinco ou seis orgasmos seguidos, com minutos de descanso.
Aos 35 anos, casou-se de novo, com Lita Grey, também de 16 anos em 26 de Novembro de 1924, no México, tiveram dois filhos e divorciaram-se em 1926, quando a fortuna de Chaplin beirava os US$900.000,00. O estresse do divórcio deixou-o de cabelos brancos. Aos 47, casou-se secretamente, com Paulette Godard, que tinha 25 anos em 25 de Junho de 1936.
Essa foi uma época conturbada na vida do cineasta, pois na mesma época, Charlie se envolveu com outra atriz, Joan Barry, que, em 1942 alegou ser mãe de um filho dele, envolvendo o astro num escândalo público, que tomou a mídia americana por anos, terminando com Charlie sendo obrigado a pagar US$75 para Joan por mês, até que o garoto completasse 21 anos, acabou divorciado mais uma vez e com 2 filhos para criar.
Casou-se pela última vez em 16 de Junho de 1943, com Oona O'Niel (com 17 anos na época), ele tinha 54 anos. Depois do casamento, Charlie quis levar Oona para viajar o mundo, e, ao sair do país, foi ameaçado de ter seus bens confiscados pelo governo, sua reação foi surpreendente: disse que poderiam vender tudo. Em 1954, quando decidiu voltar aos E.U.A, seu visto foi cassado, alegando-se "atitudes anti-americanas", num processo encabeçado pelo próprio Edgar J. Hoover, na época do Macarthismo (pra quem não sabe, foi a caça-aos-comunistas, encabeçada pelo Senador Mcarthy), decidiu então ficar na Europa, indo morar com sua nova (e bota nova nisso) esposa, onde teve 8 (sim, oito) filhos.
Em 4 de Março de 1975, foi condecorado Sir pela rainha Elizabeth II. Tal projeto foi proposto em 1956, mas foi vetado, pois achavam que Charlie era comunista.
Charlie morreu em 25 de Dezembro de 1977, em consequência de um derrame cerebral, foi enterrado em Vevey, na Suíça. Três meses depois, um bando de mecânicos bulgaro-poloneses invadiram o cemitério e violaram o túmulo, roubando O corpo (sim, o próprio corpo), numa tentativa de extorquir dinheiro da família. O plano falhou e três dias depois, os bandidos foram capturados, o corpo foi achado onze semanas depois, no lago Léman. Desta vez, foi enterrado debaixo de um tampão de 2 metros de espessura (exigência da família), onde hoje tem uma estátua do Mestre.
Em 1992, foi feito um filme sobre sua vida, interpretado por Robert Downey Jr. (genial no papel), Geraldine Chaplin (filha de Chaplin, que interpreta sua própria avó no filme), Antony Hopkins, Mila Jovovich, Kevin Kline, Diane Lane, Marisa Tomei, entre muitos outros astros, e dirigido por Sir Richard Attenborrough.
Parte 2: Obra (em breve)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
10 Fotos 10
aaaa, AGOOOORA sim está seguro
PÁÁ-áá-SÁÁ-áá-ROO-áá ZOMBADOR!
"mamãããe, você disse que nao ia me acertar!!!"
"'Dá o disco', quem essa vagabundapensa qie eu sou?"
O famoso fio cheroso... olha como esse cara eh pentelhudo!
Isso, liberte sua raiva, cante, cante e se liberte
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Wuthering Heights ~ O Morro dos Ventos Uivantes
Wuthering Heights traduzido para português como "O Morro dos Ventos Uivantes", foi o único romance da escritora britânica Emily Brontë. Recebeu fortes críticas na época de seu lançamento, mas hoje, é considerado um dos clássicos da literatura inglesa.
A trama toda acontece ao redor de Catherine Earnshaw e Heathcliff, que são um dos grandes casais da literatura, comparados à Elizabeth Bennet e Mr. Darcy (do romance “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen) e Romeu e Julieta (que não precisa de explicações!).
Teve várias adaptações para o cinema e a televisão, a versão cinematográfica mais fiel ao romance é a de 1992, com Ralph Fiennes e Juliette Binoche.
O romance também originou uma canção de sucesso: Wuthering Heights de autoria e vocais de Kate Bush, que conta a história da perspectiva de Catherine. A música foi regravada pela banda de Heavy Metal Angra, na voz de André Matos.
Vídeo da música "Wuthering Heights" de Kate Bush com cenas do filme de 1992.
Sinopse:
A história é contada pela testemunha ocular de todos os acontecimentos, uma governanta chamada Helen Dean.
A trama começa quando o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e lá resolve adotar um pequeno órfão, que todos acham ser um cigano, porém sua procedência não é revelada em hora alguma da narrativa, ao qual denominam Heathcliff.
Toda a afeição que o pai logo demonstra pelo menino enciuma seu filho legítimo Hindley, que acha que está perdendo a afeição do pai para o menino. Sua irmã, Catherine, se afeiçoa por Heathcliff. Quando o Sr e Sra Earnshaw morrem, Hindley sujeita Heathcliff a várias humilhações. Este passa a ficar bruto e melancólico.
Apesar do amor entre ele e Catherine, ela decide casar com Edgar Linton, por esse ter melhores condições de sustê-la que Heathcliff.
Heathcliff sai do Morro dos Ventos Uivantes e, quando volta, está rico, chamando a atenção de Catherine e despertando ciúmes em seu marido. Catherine tem uma filha de Edgar e morre logo em seguida. Heathcliff resolve se vingar de Edgar e de Hindley.
O romance é conturbado, difícil de entender. Por ser um romance épico, espera-se que as personagens principais sejam adoráveis. E ao longo da história, nota-se exatamente o oposto.
Catherine é uma jovem mimada e egoísta, que não mede esforços pra conseguir o que quer, por mais absurdo que seja. No desenvolver da história, fica divida pelo seu amor por Heathcliff e pela vida confortável e a fortuna que teria casando-se com Edgard Linton. A disputa dos dois homens a deixam debilitada mental e fisicamente. Catherine é um dos personagens mais complexos da trama.
Já Heathcliff é extremamente apaixonado por Catherine. É também atormentado e vingativo, seus sentimentos são tão intensos que beiram a loucura. Considera todos culpados por seu sofrimento, e além de se vingar de todos, inclusive Catherine, vinga-se também da geração seguinte das famílias Earnshaw e Linton. Heathcliff é considerado como um arquétipo do herói byroniano, cuja paixão é tão intensa que chega a destruir todos a seu redor, e a si mesmo.
Como já dito antes, O Morro dos Ventos Uivantes é um romance complexo e não agrada a todos. Pra entendê-lo bem e até gostar, é necessário que seja lido ou assistido mais de uma vez.
Seguindo o exemplo do Fernando:
Recomendo: A pessoas que gostam de romances, e que estão dispostas a entender esse.
Não recomendo: A pessoas que gostam de romances onde tudo é maravilhoso, perfeito. Que o casal seja exemplo e que terminem com um final feliz; E a pessoas que não gostam de romances at all.
Peguem já seus cartões de crédito ou corram já para a loja mais proxima da Fnac... Este Gadget esta à venda... Sim, você pode ser um clonetrooper por apenas a pequena bagatela de... R$1.709,99 e mais, isso é uma super promoção pois antes eram R$1.899,99...
É uma série limitadíssima, foram feitos apenas mil exemplares, é de tamanho real, tem leeds, e o melhor... é confortavel para a sua cabeça...
Agore pense... gastaram aproximadamente quanto nisso... basicamente algodão, plástico, fios e placas... e esperam q comprem 1000 exemplares de uma coisa q custa 1709,99... isso quer dizer, se vender todos eles vão ter R$1.709.990.00 quase 2 milhões de reais... e pra q?
apenas sendo realmente um nerd, beeeem tr00 e cheio da grana pra compra isso... confira aki
http://www.fnac.com.br/clonetropper-helmet-capacete-star-wars--FNAC,,musica-517608-2147.html
Existem os vários tipos de Nerds, os de filmes, os de livros, de números, química, física, HQ's e os mais conhecidos... videogames/computadores... e também existem os que fgostam tudo isso...
O Jogo Gears Of War foi bem avassalador no seu lançamento, nos seus... teve uma continuação... e no lançamento do segundo lançaram essa arma ai em cima... também, só plástico e fios e placas... ah... esse gadget pelomenos faz som... (UAUUUU!)
Te dou umas grandes razões porque isso é uma coisa inútil e você não deve comprar... você V A I parecer um idiota segurando uma e fingindo que esta na guerra (como na foto acima), é grande e desajeitada, não tem lugar onde guardar, custa em torno de 400 reais...
Vi na Terra Média, alguns meses atrás, na internet ainda esta à venda...
Filme da Semana
Filme da Semana: Nina (2004)
Guta Stresser (Nina), Myrian Muniz (Dona Eulália), Guilherme Weber (Arthur)
O Primeiro filme de Heitor Dahlia (O Cheiro do Ralo, e o ainda a lançar À Deriva), é, na minha opinião, a sua obra-prima. Inspirado pelo romance de Dostoiévski Crime e Castigo, que fala sobre como o homem é produto do meio, e as implicações disso no mundo moderno.
O filme conta a história de Nina (dã...), uma jovem paulista que aluga um quarto na cidade, que pertence à "Adorável" Dona Eulália (Myrian Muniz, titã do teatro brasileiro, fabulosa no papel), que tem problemas financeiros graves e começa a ser pressionada por Eulália para que pague o aluguel, personagem correspondente à velha usuária do livro de Dostoiéviski. No decorrer da história, Nina depara-se com as dificuldades da vida da cidade moderna, da dificuldade de arrumar meios de pagar a velha, que marcou todos os seus pertences na casa com seu nome (símbolo do poder do poderoso sobre o fraco, genial), privando Nina de todos os privilégios, como a comida da geladeira (a qual ela tranca com um cadeado quando Nina "rouba" um gole de leite), os sabonetes do banho, etc...
Nina não consegue dinheiro para pagar a velha e suplica para a mesma que dê um arrego a ela, esa responde "Não é problema meu!", e a faz limpar a casa em troca de algum dinheiro. Neste ponto do filme, Nina já está humilhada ao máximo,e mergulha nos fantasmas de seu próprio inconsciente (inclusive uma cena de um sonho tirada diretamente do livro), mas ainda se recusa a fazer "qualquer coisa" por dinheiro, mantendo sua dignidade.
O filme demonstra o poder do capital sobre qualquer coisa hoje, e a teoria da personagem, sobre pessoas ordinárias e extraordinárias é o que move a protagonista (do livro também), como se fosse uma desculpa para transgredir a linha da racionalidade comum, atribuindo às pessoas um valor, tudo meio preto-no-branco, e no final, não se sabe ao certo o que foi verdadeiro, o que foi um delírio da protagonista, e o espectador fica com a confusão de não saber, igual à mente da protagonista, e é dessa polarização que se sai o clímax do filme.
"Eu tenho uma teoria. Os indivíduos se dividem em duas categorias: os ordinários e os extraordinários. Os ordinários são pessoas corretas que vivem na obediência e gostam de ser obedientes. Já os extraordinários são as pessoas que criam alguma coisa nova, todos os que infringem a velha lei, os destruidores. Os primeiros, conservam o mundo como ele é. Os outros, movem o mundo para um objetivo, mesmo que para isso tenham que cometer um crime".
-Nina, no monólogo do início do filme.
Resumo: Filme muito psicológio. Melhor para quem já leu "Crime e Castigo"
Recomendo: Pessoas Extraordinárias
Não Recomendo: Pessoas Ordinárias
Curiosidades:
-Todos os desenhos que Nina faz são de Lourenço Mutarelli, ex-quadrinista, autor de "O Cheiro do Ralo" (que virou o próximo filme de Dahlia), "O Natimorto", entre outros.
-Todo o material usado nas construções foi adquirido de demolições, para ressaltar o estado psicológico dos personagens.
-O filme tem participações mínimas de grandes atores, como renata Sorrah (uma prostituta), Mateus Nachtergaile, Lázaro Ramos (pintores), Wagner Moura (um cego), Selton Melo (um drogado), Ailton Graça (médico), Sabrina Greve (Sofia), e Abrahão Farc (velho da bengala), entre outros.
-Ganhou o grande prêmio do juri, em Moscou
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Séries: Lost
Uma das mais intrigantes séries da televisão atual não pode ficar de fora desse blog, concordam?
Lost é uma série gigantesca. Não pelo número de episódios, ou pela duração de cada um, mas pela quantidade de mistérios, mitos, alegorias e histórias que traz consigo. O aspecto que mais atrai fãs e que me faz ficar cada vez mais apaixonado pela série é exatamente isso, a densidade de cada personagem e as atuações que sempre conseguem se superar. Vou dar um exemplo, sem muuuuitos spoilers: Jhon Locke, um ex-paraplégico (que durante sua "estadia" na ilha voltou a andar), foi enganado pelo próprio pai para que conseguisse um transplante de rim, ficou paranóico, perdeu o cabelo, ficou paraplégico (não vou contar como xD), trabalhou numa fabrica de caixas, aprendeu a caçar, enfim, meu ponto é: a história de cada personagem (até os secundários, como a participação ridícula do Rodrigo Santoro)é desenvolvida até chegar a uma profundidade incrível.
Essa não é uma série que você pode assistir qualquer episódio aleatoriamente e gostar, isso é impossível por causa dessa caracaterística que mencionei.
Des de o começo da série, quando o avião da Oceanic cai na Ilha, já se apresentam mistérios que só serão resolvidos nas temporadas vindouras, como o Urso Polar, a Fumaça negra, enfim, uma infinidade de coisas que deixa qualquer um que assista de cabelos em pé, de verdade.
No desenvolver das 5 temporadas (que saíram até hoje, falta mais uma até o fim) novos personagens são apresentados e somados ao elencoprincipal de sobreviventes, alguns morrem, alguns voltam, enfim, o roteiro é um punhado de reviravoltas incríveis e muito bem escritas. O roteiro da série é inigualável, e por mais pareça que a anarquia reina no roteiro, sempre tem uma explicação "plausível" (estamos falando de uma série de sci-fi, pessoal...) que deixa o espectador estupefato, sempre. Lost tem esse poder.
Cada temporada tem os seus atrativos, pois a situação na Ilha muda e muito de uma para a outra. A primeira temporada (minha favorita) mostra os sobreviventes tentando...sobreviver (dãaa) no ambiente hostil que é a Ilha, e no meio disso está Jhon Locke, que não busca meios de sair da ilha, mas busca ficar nela. A segunda temporada é centrada na escotilha, que os sobreviventes descobrem na floresta e dentro dela tem um botão, que deve ser apertado a cada 108 segundos (e sim, isso tem explicação), e, paralelamente, mostra os outros sobreviventes do avião, a seção da cauda, e o encotro com o grupo principal. A terceira é centrada nos "Outros", que são os habitantes da Ilha, que hostilizam os sobreviventes (a pior temporada, na minha opinião, é confusa, sei lá...). A quarta conta a chegada de um navio à Ilha, com intenções duvidosas perante aos sobreviventes, se são boas ou más pessoas (essa temporada foi encurtada devido à greve dos roteiristas para 13 episódios). E, enfim, a quinta temporada, que é focada na vida de alguns sobreviventes que saíram da ilha, que lutam para voltar a ela (e sim, isso tem explicação.) e as consequências disso. E ao longo de 5 temporadas, fica evidente o slogan da série : everything happens for a reason.
Outro aspecto que me deixa besta é o conflito do Homem de Fé X Homem da Ciência, presente nos personagens de Locke e Jack, sempre em conflito, em relação à Ilha em si. E os papéis de Fé X Razão sempre se alternam, mas sempre entre os mesmos personagens, e só assistindo pra entender. E nesse vem e vai de personagens, temos romances (quem assiste lembrará de Libby e Hurley), dramas pessoais, como o de Charlie, o rockstar drogado, os "daddy issues", redenção, paternidade, maternidade, um leque de tramas idependentes que recheia a série.
Por fim, deixo a dica: se você não conhece, assista (do começo, claro ¬¬), se já conhece e gosta, comenta...
terça-feira, 9 de junho de 2009
Cinema - Especial
cheguei a uma conclusão, a qual eu acho precipitada, mas a compartilharei com os leitores do blog:
1- Al Pacino dancando tango, em "Perfume de Mulher" - A cena me marcou pela suavidade, a atuação de Pacino é genial no filme, e achei a tal cena onde ele dança tango com uma completa desconhecida realmente sensível e digna de um lugar na minha cabeça dura.
2- "What's in the box?" Bradd Pitt e Kevin Spacey, em Se7en. Final memorável, onde Kevn spacey rouba a cena (mais uma vez) como o psicopata do filme. Ótimo filme policial, tenso na medida certa, sem apelar pros clichezões de sempre. Marcou-me pela violência das atuações.
3- "Are you talking to me?" Robert DeNiro, em Taxi Driver. O monólogo do personagem Travis Bickle, demonstrando que ele tinha atingido o fundo do poço da sua sanidade, produzindo o final maravilhoso que vemos mais tarde no filme.
4- "Full Metal Jacket, Sir" - Gomer Pile, em Full Metal jacket. A cena do suicídio do recruta Gomer Pile choca pela realidade da película, pela dureza do treinamento militar e os efeitos disso num rapaz normal. Cena forte, genial.
5- "I Know it was you, Fredo, you broke my Heart" - Al Pacino, em Godfather part2. O melhor filme já filmado (na minha opinião), a cena onde Michael Corleone marca seu próprio irmão para a morte, mostrando a crueldade do personagem, uma cena sem comparações e única, seja no nível da atuação de Pacino, ou pelo roteiro maravilhoso.
6- "I am you father" - Darth Vader, em Star Wars V - The Empire Strikes Back. Talvez a cena do cinema mais lembrada, satirizada e copiada do cinema mundial. Um divisor de águas na saga épica de George Lucas.
7- "We think too much, we feel too little" - Sir charles Chaplin, em The Great Dictador. O Discurso final do filme, consegue ser tão atual como todas, eu digo TODAS as obras do mítico Charlie Chaplin.
8- "Leave the kid" - Charlie Chaplin, em The Kid - Cena sem uma fala qualquer, mas que toca e inspira as pessoas ao redor do mundo que assistem essa cena, sobre o quão forte é o laço entre pais e filhos. Ressalto aqui a genialidade sem fim de Sir Charles, e para a atuação do pequeno Jackie Coogan.
Espero que gostem do meu post, são cenas eternas, que me marcaram profundamente.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Filme da Semana
Johnny Vai à Guerra (1971)
Timonthy Bottoms (Joe), Donald Sutherland (personagem sem nome)
Escrito e dirigido pelo escritor multi-funcional Dalton Trumbo, e baseado no livro que o próprio escreveu (ele também faz a narração do filme), Johnny Vai à Guerra é uma das obras mais fortes, mais impressionantes sobre o horror da guerra aberta.
O diretor, na época, não optou por usar o preto-e-branco clássico ou a moderna filmagem em cores. Usou os dois, num jogo genial para contar a história do Soldado-sem-nome.
O filme começa mostrando a vida de Johnny, um jovem de classe média americana, que deixa a namorada e família, rumo à Grande Guerra, com ideais de lutar pela Democracia e pelo seu pais., assim, embarca no trem rumo ao campo de batalha. O filme é contado através de flashbacks, onde se descobre mais e mais sobre a infância do soldado, sobre sua vida antes de acabar numa cama de hospital. Os flashbacks citados ocorrem quando o protagonista se encontra em estado de coma, até então.
No meio do filme, Johnny acorda e prova o horror da Guerra: seus braços e pernas foram amputados, ele está surdo, não tem maxilar, seus olhos foram arrancados (nesse ponto, o que se sabe é o que o próprio fala, pois no filme, cobrem-no com uma máscara) pela bomba, enfim, ele não tem mais sentidos, mas está perfeitamente lúcido na cama de hospital, sem qualquer meio de comunicação com o mundo exterior. Aí entra o jogo de cores que antes mencionei: as cenas do hospital são mostradas em preto-e-branco, e os sonhos do protagonista, assim como suas ilusões são mostradas em cores, e existe uma terrível confusão do soldado entre memórias e delírios, para que só o expectador saiba o que é sonho e o que é a realidade, por que ele não tem como saber se está sonhando, ou se está acordado, não tem como contar o tempo, como conversar, nada, O Soldado sem Nome não tem nada além da própria vida.
Um dos aspectos que me chamou a atenção é a narração, é a voz de um homem jovem, o espectador vai simpatizando com ele, quando ele conta sobre sua namorada, seus pais, sua infância, amigos, a emoção que ele transmite é certamente um momento memorável do cinema.
Também achei muito sutil os sonhos que Johnny tem sobre um homem que conheceu na Guerra, um homem que conduzia o vagão que carregava os mortos pela guerra(o personagem de Donald Sutherland), que, em seus sonhos aparece sempre de barba e vestindo um roupão branco (lembraram de alguém?). Nos momentos de pensamento religioso do protagonista, é a imagem desse homem que aparece, fazendo assim uma metáfora genial para a idéia de religião feita muito sutilmente no decorrer do filme. Exatamente em uma cena, o próprio conduz o vagão, com o rosto ao vento e sacudindo um lençol branco (the awnser, my friend is blowing in the wind !?!?!?!?)
Resumindo: um filme carregado de emoção pura, o final faz jus ao conjunto da obra e ao horror das Grandes Guerras.
Recomendo: para quem já pensou nas pessoas que lutam as guerras
Não recomendo: apologistas da guerra (você ouviu bem, Dave Mustaine)
Curiosidades: o Metallica fez uma música baseada no livro/filme, “One”, do álbum “...And Justice for All”. O primeiro videoclipe deles é o desta música, e, por idéia do baterista Lars Ülrich e do Guitarrista /Vocalista James Hetfield, decidiram por comprar os direitos sobre o filme (e não do livro) para poderem usar trechos no clipe, que eu tenho o prazer de mostrar aqui (O clipe pode conter spoilers se você prestar atenção), foi lançado em Janeiro de 1989, a música inicia com tiros de guerra e helicópteros, para reforçar a idéia da guerra na música.