terça-feira, 26 de maio de 2009

Séries: 24 Horas


Após 6 temporadas com 24 episódios cada, um filme para televisão, uma greve de roteiristas, crises com atores,bombas atômicas, armas biológicas, traições, mortes, mortes e mais mortes, e tudo mais, a série 24 Horas volta com o fôlego renovado no seu 7º dia.
A 7ª temporada deve ser assistida após o filme “Redemption”, que antecipa alguns dos principais fatos que conduzirão a nova temporada. O filme, além de mostrar os conflitos em Sangala (país fictício na Africa central), a posse da nova presidente, suas crises familiares, o principal ponto explorado pelo filme é a tentativa de redenção de Jack Bauer que, depois de ser liberado da prisão pelos chineses, foge e vira um andarilho, passando de país em país como um anônimo até chegar em Sangala, onde encontra um amigo seu, ex-fuzileiro que virou missionário.
Não vou falar do filme aqui (que é ótimo, por sinal...), mas da nova temporada, que começa com Jack sendo interrogado por uma comissão do Senado americano sobre seus crimes, seus métodos coercitivos de interrogatório, e logo no início, vemos um Jack Bauer que não se arrepende de nada que fez e defende seus atos perante à Lei.
Mas, é roubado um módulo da inteligência americana, capaz de controlar remotamente os computadores do governo e é aí que entra nosso herói: o responsável pelo roubo é o próprio Tony Almeida, que foi declarado morto no final da 4ª temporada, por isso Jack é convocado pelo FBI (nada de CTU nessa temporada) para cuidar do novo terrorista.
Ao longo da temporada, descobre-se que o roubo do módulo faz parte de uma conspiração ainda maior, que almeja criar o caos na capital do país, para que a organização (vou chamar assim) se erga e tome o poder.
Além de incríveis cenas de ação (que eu não vou dar spoilers aqui), o que mais me impressionou na temporada foi a mudança pela qual passou o protagonista durante os eventos que rechearam mais 24 episódios. No início, Jack deve trabalhar com a agente do FBI Renee Walker, que, ao longo do dia vai se transformando naquilo que Jack foi, e aí mora a sacada da temporada: Jack está terrivelmente arrependido. Isso fica muito evidente quando Renee o confronta e pergunta se ele não sente nada, e jack simplesmente vira a cara para ela. Bem no final da temporada, Jack dá conselhos a Renee, e diz que ao cruzar a linha, se começa com um pequeno passo, quando se percebe, já se está correndo na direção contrária, e depois diz a ela para que não tome decisões com a qual não conseguirá viver depois.
Também durante a temporada, foi muito explorado o personagem Tony Almeida, que, depois de uma das mais incríveis reviravoltas da série (quiçá da TV americana) revela suas motivações, que nos levam a fatos ocorridos em diferentes temporadas, um momento onde tudo se encaixa e é difícil não simpatizar com seus motivos (e também, bato palmas para a atuação de Carlos Bernard nas últimas cenas do 24º episódio).
Na temporada, também temos a reaparição de Bill Buchanam, Chloe O’Brian, Morris O’Brian, Kim Bauer e a adição de uma personagem que chamou minha atenção por causa da rebeldia e de sempre ter um comentáriozinho ácido na ponta da língua: Janis (analista de dados do FBI).
Resumindo: ótima temporada, de longe, a que mais explorou o lado emocional do torturador e as consequências de seus atos.

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